Estudos preliminares de laboratório demonstraram que três doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech são eficazes contra a variante Ômicron do coronavírus (B.1.1.529), informa comunicado à imprensa divulgado na manhã desta quarta-feira (8).
Duas doses da vacina, conforme os laboratórios fabricantes, apresentaram redução significativa na proteção – ou seja, duas podem não ser suficientes contra a infecção provocada pela cepa identificada na África no final de novembro.
Os resultados apontam que vacinados com a dose de reforço (terceira) desenvolveram, um mês depois, 25 vezes mais anticorpos contra a Ômicron em relação aos que ganharam duas injeções. Esse aumento é comparável à proteção observada em quem recebeu o esquema de duas doses de Pfizer/BioNTech contra a cepa ancestral (original) do sars-cov-2, surgida em Wuhan, na China, no final de 2019, e também contra outras que vieram depois.
De acordo com as companhias farmacêuticas, duas doses da vacina Pfizer/BioNTech ainda podem oferecer proteção contra quadros graves da doença.
– Garantir que o máximo possível de pessoas sejam vacinadas com as primeiras duas doses e depois o reforço segue sendo a principal medida para prevenir a disseminação da covid-19 – destacou Albert Bourla, CEO da Pfizer.
Os estudos para desenvolver um imunizante específico contra a Ômicron continuam e devem ter conclusões divulgadas até março de 2022, no caso de uma adaptação se provar necessária para aumentar o nível e a duração da imunização. Isso não altera, segundo as empresas, a capacidade de produção de 4 bilhões de doses de vacinas prevista para o ano que vem.