Espanha e Itália decidiram voltar a exigir o uso de máscaras ao ar livre, medida tomada na tentativa de conter o avanço da variante Ômicron do coronavírus. Mas diferentemente do governo espanhol que decretou o retorno imediato, o italiano anunciou novas regras, mas ainda não estipulou uma data.
Apesar da alta taxa de vacinação – mais de 85% da população com mais de 12 anos está imunizada com o esquema em duas doses –, os novos casos não param de aumentar. Na quinta-feira, o Ministério da Saúde italiano registrou 44 mil casos, ante 36 mil no dia anterior e 16 mil na segunda-feira.
Segundo o ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, o uso de máscara de proteção máxima, a PFF2, será obrigatório no país em cinemas, teatros, eventos esportivos ou em transportes públicos, ônibus, aviões ou barcos.
O governo também decidiu reduzir, a partir de 1º de fevereiro, o prazo de validade do passe sanitário, de nove para seis meses, e diminuir o prazo de recebimento da dose de reforço, de cinco para quatro meses.
De acordo com relatório do Instituto Superior de Saúde (ISS), a variante Ômicron representa 28% dos casos na Itália. O receio de um aumento exponencial dos casos, o país também proibiu até o final de janeiro festas e eventos onde muitas pessoas são esperadas, mesmo que estejam ao ar livre. Boates também permanecerão fechadas até 31 de janeiro.
A Itália é um dos países mais afetados pela pandemia, com mais de 136 mil mortes.