A África do Sul informou uma propagação "exponencial" do coronavírus e que a nova variante Ômicron já é dominante no país. Cerca de 8,5 mil novos casos de covid-19 foram registrados na quarta-feira – último dado referente ao total de infecções diárias. O número é quase o dobro dos 4,3 mil casos confirmados no dia anterior.
Há poucas semanas, em meados de novembro, as infecções registradas diariamente estavam em uma média de 200 a 300.
Outro número em escalada é a taxa de positividade nos testes de covid-19 que estava em 16,5% na quarta-feira, enquanto no início de novembro era de apenas 1%. Especialistas dizem que é cedo para ter certeza se culpa é da variante Ômicron, mas avaliam como "muito possível".
As autoridades da África do Sul também anunciaram um pico de contágios em crianças, mas ainda não sabem se está vinculado à nova variante.
A Ômicron vem chamando a atenção de especialistas pela quantidade e pela variedade de alterações e mutações genéticas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a Ômicron como uma "variante de preocupação" e diz que evidências preliminares sugerem que existe um risco elevado de reinfecção. Um estudo conduzido por cientistas sul-africanos indica que o risco de voltar a contrair covid-19 é três vezes maior com a variante Ômicron do que com as variantes Beta e Delta, cepa até então dominante no mundo.
Este é um ponto que se une aos temores de maior resistência da Ômicron às vacinas existentes. O país tem apenas 24,25% da população vacinada com duas doses, segundo dados do Our World in Data.
A variante já foi detectada em pelo menos 24 países ao redor do mundo, de acordo com a OMS.