A proibição geral de viagens não evitará a propagação da nova variante Ômicron do coronavírus, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta terça-feira (30), e recomendou aos maiores de 60 anos que adiem suas viagens.
Em suas recomendações, a Organização Mundial de Saúde apontou que, até 28 de novembro, "56 países haviam aplicado medidas de viagem para tentar atrasar a importação da nova variante".
No entanto, a organização com sede em Genebra, cujas recomendações nem sempre são seguidas por seus 194 Estados-membros, advertiu que "as proibições gerais de viajar não evitarão a propagação internacional e colocarão um fardo pesado em vidas e meios de subsistência".
Além disso, essas medidas "podem ter um impacto negativo nos esforços globais de saúde durante uma pandemia ao desanimar os países de informar e compartilhar os dados epidemiológicos e de sequenciamento".
Em suas recomendações, a OMS diz que "as pessoas que não estão em boa condição de saúde ou que correm risco de desenvolver uma forma grave da covid-19 ou morrer, incluindo aquelas com mais de 60 anos ou com comorbidades — por exemplo, doenças cardíacas, câncer e diabetes —, devem ser aconselhadas a adiar suas viagens".
Em termos mais gerais, pede a todos os viajantes que "permaneçam atentos", se vacinem e sigam todas as normas de saúde pública, independentemente do seu estado de vacinação, incluindo o uso de máscaras, medidas de distanciamento físico e evitando espaços lotados e mal ventilados.
No domingo passado, o escritório regional da OMS na África pediu "fronteiras abertas", enquanto a África do Sul pediu o "levantamento imediato e urgente" das restrições de viagens ao país após a detecção da nova variante Ômicron.