— Graças a Deus ela conseguiu, venceu.
Assim Aline Odolfo da Silva comemora a batalha ganha pela filha, a pequena Hellena da Silva Smaniotto, que nesta quinta-feira (18) teve alta do Hospital Conceição, onde esteve internada durante 10 meses, desde o seu nascimento. Prematura, Hellena nasceu no dia 13 de janeiro, com 27 semanas e três dias de gestação.
Junto dela, nasceu a irmã gêmea Victória, que também precisou ser hospitalizada, mas pôde ir para casa mais cedo, com dois meses de idade. Cerca de um mês após a alta da irmã, Hellena foi para o quarto. Porém, no que seria a etapa final da hospitalização, a pequena contraiu covid-19 e desenvolveu um quadro grave.
— Teve momentos que os médicos não sabiam mais o que fazer para ajudar ela, porque ela esteva bem ruinzinha. Foi bem difícil — relembrou Aline, em entrevista ao programa Gaúcha+, da Rádio Gaúcha, nesta quinta-feira.
Durante o período de infecção, os pais chegaram a ficar um mês sem ver a filha, devido à possibilidade de transmissão do vírus. Entretanto, quando se recuperou da covid-19, Hellena teve bronquiolite, uma infecção pulmonar. A bebê, que já estava entubada por conta da covid-19, precisou fazer traqueostomia, um procedimento cirúrgico para facilitar a chegada de ar até os pulmões.
Nessa trajetória, Hellena somou 10 meses de internação, um ciclo que se encerrou nesta quinta, com a alta hospitalar. Segundo Aline, a filha está bem e sem necessidade de oxigênio. Agora, a expectativa é pelo reencontro das irmãs, que até então só se viram por chamadas de vídeo. Além de Victória, Hellena é irmã de Victor Hugo, de dois anos.
— Estamos só por esse momento, por botar as duas juntas e o maninho.
Natural de Riozinho, no Vale do Paranhana, Aline conta que a família se uniu para possibilitar o cuidado da filha, internada na Capital. Ela e o pai, Natan, se revezavam para visitar Hellena. Em casa, a avó das crianças e a cunhada de Aline davam suporte.