O psiquiatra norte-americano Aaron Temkin Beck morreu nesta segunda-feira (1º), aos cem anos. De acordo com um comunicado da filha, Judith Beck, ele faleceu em casa, na Filadélfia, nos Estados Unidos.
"Meu pai dedicou sua vida ao desenvolvimento e teste de tratamentos para melhorar a vida de inúmeras pessoas em todo o mundo que enfrentam desafios de saúde mental. Ele verdadeiramente transformou o campo da saúde mental com décadas de pesquisa em terapia cognitivo-comportamental. Obrigado a todos que transmitiram condolências e votos de pesar para a nossa família", escreveu Judith.
Beck é considerado o criador da terapia cognitiva, abordagem que começou a se desenvolver nos anos 1960, sendo que seus estudos influenciaram gerações de psicólogos. O tratamento é uma das formas de psicoterapia mais estudadas e praticadas no mundo, sendo adotado por profissionais para tratar pacientes com condições psicológicas como depressão, ansiedade, distúrbios de personalidade e esquizofrenia.
Além disso, o psiquiatra também criou procedimentos para medir os sintomas e criar uma avaliação de prevenção do suicídio.
A terapia cognitiva estimula o paciente a identificar os ditos "pensamentos automáticos" e a superá-los durante a vida cotidiana. Existem mais de 2 mil trabalhos acadêmicos comprovando a eficácia do método.