Um estudo de fase três indicou que a terceira dose da vacina da Pfizer/BioNTech é 95,6% eficaz na proteção contra o coronavírus. O anúncio foi feito pelas empresas nesta quinta-feira (21), com base em resultados preliminares. No Brasil, o imunizante é o prioritário na aplicação da dose de reforço em idosos, profissionais de saúde e pessoas com o sistema imunológico comprometido, independentemente da vacina usada nas doses anteriores.
Os testes contaram com 30 mil participantes que já haviam completado o ciclo vacinal com o imunizante. Parte deles recebeu 30mg de uma dose de reforço e o restante, um placebo, em um intervalo de aproximadamente 11 meses após a injeção anterior. Não houve eventos adversos severos, de acordo com o ensaio.
Os dados ainda serão revisados por especialistas antes de serem publicados em revista médica. As farmacêuticas afirmam que pretendem submetê-los à Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, à Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e outros reguladores "o mais breve possível".
– Além de nossos esforços para aumentar o acesso global e a aceitação entre os não vacinados, acreditamos que as doses de reforço têm um papel crítico a desempenhar no enfrentamento da ameaça contínua à saúde pública desta pandemia – disse o CEO da PFizer, Albert Bourla.
Os resultados são divulgados em um momento em que vários governos já começam a aprovar a aplicação de novas doses das vacinas, mesmo sem a conclusão das pesquisas.
Nos Estados Unidos, a FDA concedeu autorização a doses de reforços dos profiláticos de Moderna, Johnson & Johnson (Janssen) e da própria Pfizer para pessoas com mais de 65 anos ou de 18 a 64 anos com alto risco de contrair o caso grave da doença.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem reiterado apelo aos países para que priorizem a vacinação global antes de começarem a reforçar a imunização de quem já está vacinado.