Uma análise do Centro de Controle e Prevenção a Doenças (CDC,na sigla em inglês), nos Estados Unidos, mostrou que a vacina da Pfizer é eficiente na cobertura contra a covid-19 também em adolescentes. Duas doses do imunizante foram capazes de evitar em 93% a chance de internações entre pessoas de 12 a 18 anos, apontaram os resultados finais, divulgados nesta terça-feira (20) pelo órgão norte-americano.
Em dados por faixa etária, o imunizante teve 91% de eficácia para aqueles de 12 a 15 anos e 94% de eficácia para jovens de 16 a 18 anos.
Realizado entre junho e setembro, quando a variante Delta se tornou predominante no país, o estudo acompanhou 464 adolescentes internados em 19 hospitais pediátricos do país. Desse total, 179 estavam hospitalizados com covid-1 e 285 por outras doenças.
Apenas 3% dos pacientes com coronavírus estavam imunizados – os outros 97% não haviam recebido nenhuma dose, o que corroborou a eficácia da vacina. Desses, 77 pacientes precisaram de internação intensiva e dois deles morreram. Nenhum dos adolescentes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estava vacinado.
De acordo com dados do CDC, a média de idade dos adolescentes que participaram do estudo foi de 15 anos e parte deles tinha obesidade e diabetes.
A vacina da Pfizer está autorizada para uso em adolescentes a partir dos 12 anos nos Estados Unidos e também no Brasil.
Por lá, a farmacêutica, que tem parceira da alemã BioNTech na produção do imunizante, pediu no último dia 7 autorização da Food and Drug Administration (FDA, na sigla em ingles – agência regulatória de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos) para o uso emergencial de sua vacina em crianças de cinco a 11 anos, público estimado em 28 milhões de pessoas no país. Há expectativa para que a resposta saia em 26 de outubro, data em que a agência marcou reunião para discutir o pedido da Pfizer.