O Rio Grande do Sul ainda não fechou data para iniciar a vacinação de adolescentes sem comorbidades contra a covid-19. Municípios e governo do Estado aguardam saber, do Ministério da Saúde, quantas doses do novo lote da Pfizer a ser recebido nesta quarta-feira (1º) serão específicas à primeira aplicação.
A expectativa é de que o Ministério da Saúde envie, nesta quarta-feira, 74.880 doses de Pfizer ao Rio Grande do Sul, conforme a Secretaria de Estado da Saúde (SES-RS). Análise de GZH antecipou que o Rio Grande do Sul deve vacinar cerca de 809 mil adolescentes sem comorbidades.
Após reunião entre autoridades municipais e estaduais nesta quarta-feira, o presidente do Conselho de Secretários Municipais da Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems-RS), Maicon Lemos, informou que é fundamental saber quantas vacinas serão reservadas à primeira dose para prefeituras calcularem se é possível avançar aos adolescentes de 17 anos sem doenças prévias. É possível que o governo federal adiante, ainda nesta quarta, a informação.
Na segunda-feira (30), o lote de Pfizer recebido era apenas para a segunda dose.
— Temos orientação do ministro da Saúde, que esteve sábado em Gramado, para municípios aguardarem porque nos próximos dias seriam enviadas doses aos adolescentes. Queremos saber se o lote que chegará será para esse público — afirma Lemos.
Hoje, 209 municípios do Estado possuem doses restantes da Pfizer, porém não o suficiente para sequer contemplar todos os habitantes de 17 anos sem comorbidades, conforme o presidente do Cosems-RS. A única cidade que já iniciou a vacinação de adolescentes da população no geral, diz Lemos, é São Leopoldo.
A prefeitura aplicou, na terça-feira (31), 936 doses em jovens de 17 anos, no Ginásio Municipal Celso Morbach e no Centro de Eventos. O município já vacinou também cerca de 1 mil adolescentes com doenças prévias.
A vacinação de jovens, no entanto, foi interrompida nesta quarta-feira devido à falta de vacinas da Pfizer, as únicas permitidas para adolescentes. A prefeitura de São Leopoldo aguarda o envio de novas doses para dar seguimento à aplicação.
— Há um indicativo do Ministério da Saúde para chegar aos 17 anos em novembro. Como tínhamos vacina sobrando, resolvemos baixar a data. Já tínhamos contemplado todo público do Plano Nacional de Imunização (PNI). Não vamos deixar vacina na geladeira. Vacina boa é vacina no braço — afirmou o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (PT).