Os registros disponíveis até a tarde desta quinta-feira (26) indicam que o Rio Grande do Sul já imunizou com uma dose inicial mais de 26 mil adolescentes entre 12 e 17 anos por alguma complicação de saúde que amplia o risco do coronavírus, como problemas pulmonares, cardíacos ou obesidade grave.
O público-alvo já atendido com uma aplicação corresponde a 3,2% da população estimada pelas projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para essa faixa etária— o que deixa um saldo estimado de 809,6 mil jovens a serem vacinados graças à ampliação da campanha de combate à pandemia anunciada pelo Ministério da Saúde e prevista entrar em prática nas próximas semanas.
A planilha do IBGE com a estimativa populacional para o Rio Grande do Sul neste ano soma 836.435 pessoas entre 12 e 17 anos. Como as notificações de vacinação apuradas por GZH indicam que 26.796 adolescentes com essa idade já tomaram a primeira aplicação, extraoficialmente restariam 809.666 primeiras doses a serem feitas para estender o processo de imunização a esse novo grupo.
Na live realizada na manhã desta quinta para fazer um balanço da vacinação no Estado ao lado do governador Eduardo Leite, a secretária adjunta da Saúde, Ana Costa, informou que o Piratini prevê aplicar dose de reforço em cerca de 1 milhão de idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos, mas não chegou a detalhar o universo de adolescentes até 17 anos que serão incluídos na campanha por determinação do Ministério da Saúde.
— Temos cerca de 1 milhão de idosos e imunodeprimidos para vacinar com a dose de reforço a partir do dia 15 de setembro. Aguardamos manifestação do ministério para os demais adolescentes (a serem contemplados com a primeira aplicação) — disse Ana Costa.
Análise feita por GZH dos microdados do processo de vacinação no Estado, que trazem informações sobre todas as mais de 11,2 milhões de injeções já aplicadas e notificadas até essa quarta, demonstra que problemas pulmonares foram a causa mais comum para garantir vaga antecipada na fila por uma dose entre os adolescentes com comorbidades, correspondendo a 56,8% do grupo até 17 anos que já iniciou a imunização. A segunda razão mais frequente foi a obesidade grave, com 11,7%, seguida por doenças neurológicas, com 11,1%.
Os adolescentes nessa faixa etária correspondem a pouco mais de 7% de toda a população gaúcha projetada pelo IBGE em cerca de 11,46 milhões de habitantes neste ano.