O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou neste sábado (14) que a partir de setembro o intervalo de aplicação entre a primeira e a segunda doses da vacina da Pfizer cairá dos atuais 90 dias para 21 dias. A redução do prazo tem como objetivo frear os casos da variante Delta, mais contagiosa que as variantes anteriores do coronavírus.
Aplicada no Brasil desde maio, a vacina da Pfizer teve o intervalo ampliado para 90 dias por causa da baixa oferta inicial do imunizante. Nos últimos meses, o fornecimento regularizou-se, tornando possível o encolhimento do intervalo para o prazo determinado pelo fabricante.
De acordo com Queiroga, o governo aguarda que toda a população adulta esteja vacinada para diminuir o intervalo para três semanas. Embora as aplicações em 90 dias ajudem a aumentar a eficácia da vacina, segundo estudos internacionais, o prazo original determinado pelo fabricante da Pfizer é 21 dias.
— À medida que a gente avance na primeira dose, já se rediscutiu colocar a Pfizer no intervalo de 21 dias. (A previsão é) em setembro. Nós já temos 70% da população acima de 18 anos com a primeira dose — disse o ministro, no lançamento do projeto-piloto de testagem em massa contra a covid-19, em Brasília.
Nesta semana, um estudo publicado pela revista New England Journal of Medicine mostrou que a eficácia da primeira dose das vacinas Pfizer e AstraZeneca cai de 50% para 35% contra a variante Delta. Com a segunda dose, a eficácia volta aos níveis verificados antes do surgimento da variante.
No fim de julho, a antecipação do prazo da vacina da Pfizer já havia sido anunciada pelo Ministério da Saúde, em decisão tomada pelo governo federal junto com Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). A pasta, na ocasião, só não divulgou as datas.