O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres , disse nesta quarta-feira (14) que não há um “cronômetro” determinando os trabalhos do órgão na liberação do uso de vacinas contra a covid-19. Segundo Barra Torres, as decisões são tomadas com base na documentação exigida.
— Sobre a análise das vacinas Covaxin (da Índia) e Sputnik V (da Rússia), não há, neste momento, um cronômetro disparado sobre a agência. Nossa análise só progride com o aporte de documentos — destacou Barra Torres, ao participar de reunião da diretoria colegiada da Anvisa.
A manifestação de Torres coincide com o prazo de 30 dias, dado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, para que a Anvisa decida sobre o pedido de importação da Sputnik V pelo governo do Maranhão. Barra Torres reafirmou que a liberação de uso só vai avançar mediante a entrega de informações sobre os imunizantes. Segundo a decisão do STF, caso a Anvisa não se manifeste dentro do prazo, o Estado nordestino poderá importar a vacina russa.
Até agora, nove unidades da Federação — Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia, Acre, Rio Grande do Norte e Sergipe — solicitaram à agência autorização excepcional para importar doses da vacina russa. A compra seria fora do Programa Nacional de Imunizações.
Kit entubação
Na mesma reunião, a Anvisa confirmou a liberação de importação direta de insumos para acelerar o acesso a medicamentos do kit entubação, usado no tratamento de pacientes graves internados com covid-19. A medida autoriza o registro e a importação de medicamentos anestésicos, sedativos, bloqueadores neuromusculares e de outros fármacos hospitalares usados no tratamento da covid-19 de empresas que ainda estão sem registro.