Passada a reunião de aprovação de uso emergencial da vacina de Oxford no Brasil, no domingo (17), agora só falta... a vacina de Oxford. Essa corrida está com mais obstáculos do que poderíamos imaginar.
Vamos aos fatos: o Brasil tem uma leva de 2 milhões de doses encomendadas para o laboratório que fica na Índia. Na última semana, o governo federal chegou a adesivar o avião que iria buscar esse lote e deu até data, que não se confirmou. A Índia disse que primeiro precisava começar a vacinar a sua população.
O fato do dia é que o governo indiano disse agora que planeja mandar nas próximas semanas doses para os países mais próximos, como Afeganistão, Butão e Maldivas, por política de boa vizinhança. O que isso significa? Que o Brasil não é prioridade na lista. Na tarde dessa segunda-feira (18), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o fuso horário complica a comunicação.
Não para por aí. Ainda não temos previsão de chegada dos insumos necessários para produzir a vacina aqui no Rio de Janeiro, na Fiocruz. A ideia era começar no dia 20, depois de amanhã, o que não vai se confirmar devido à falta desse “ingrediente”.
Agora, a informação aos voluntários da vacina de Oxford aqui no Brasil: nos próximos dias saberemos se recebemos vacina ou se ficamos no chamado grupo controle, o que recebe placebo. Todos serão chamados após a quebra do sigilo, que é esperada, talvez, ainda para esta semana.