Eu nem estava pensando na vacina, mesmo que ela seja minha ideia fixa. Estava assistindo à série Rainha do Sul, curtindo a sexta à noite em casa, quando, às 21h40, chegou a mensagem do contato que salvei na agenda do celular como “Vacina de Oxford – teste". O texto diz o seguinte:
Prezado(a) voluntário(a),
Informamos que assim que tivermos uma vacina aprovada e disponível em nosso país, você terá a opção de solicitar a quebra do cegamento do estudo, ou seja, a verificação em qual grupo você está (o grupo que recebeu a vacina para COVID-19 ou o grupo controle).
Esta solicitação poderá ser realizada em etapas de acordo com os grupos prioritários estabelecidos pelo Plano Nacional de Vacinação, visando que todos os participantes que teriam acesso à vacina aprovada possam tomar decisões de maneira esclarecida.
Mais informações serão fornecidas assim que disponíveis.
Ou seja: poderei saber em breve se, como voluntária, recebi a vacina ou o placebo. Se foi a vacina, já dou meu lugar na fila para aplicação porque estou imunizada. Se sou do grupo controle, aí terei a opção de tomar qualquer uma das vacinas disponíveis no Brasil após a aprovação da Anvisa - sem saber, só poderia seguir com a de Oxford. Sigo aqui, em distanciamento e usando máscara sempre que piso na rua, esperando. Torço, claro, para que tenha tomado a dose de verdade. O que vocês acham? Vacina ou placebo?