A vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e testada no Brasil poderá ter o registro liberado em junho de 2021, de acordo com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A Unifesp está entre as instituições que participam dos testes.
Em entrevista publicada no site G1, Soraia Smaili, reitora da universidade paulista, afirmou que o ritmo de aplicação dos testes e mecanismos para acelerar a análise de resultados reforçam a confiança de uma vacina contra o coronavírus em pouco menos de um ano.
— Com a quantidade de pessoas que estão recebendo a vacina no mundo, é possível que tenhamos resultados promissores no início do ano que vem e o registro em junho — afirmou Soraia, em entrevista à GloboNews.
De acordo com o G1, a universidade conseguiu reduzir de 18 para 12 meses o período de testes da fase três, última etapa dos estudos. Neste estágio, parte dos voluntários recebe a vacina e parte recebe placebo, sem que saibam em que grupo estão inseridos. Os voluntários serão acompanhados por um ano.
O Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Unifesp coordena a aplicação da vacina de Oxford em São Paulo, que começou no mês passado com voluntários da área da saúde. Ao todo, 50 mil pessoas participam dos testes em todo o mundo, 10% delas no Brasil: 2 mil em São Paulo, 2 mil na Bahia e outras mil no Rio de Janeiro.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há mais de 160 candidatas a vacina contra o coronavírus em estudo - 23 delas em fase de testes clínicos. A vacina criada pela empresa chinesa Sinovac e a imunização produzida em uma parceria pela Universidade de Oxford e pela empresa britânica AstraZeneca estão na fase mais avançada de testes. As duas candidatas possuem acordos para teste e produção com instituições brasileiras.