Enquanto a pandemia de coronavírus deixa a comunidade mundial em estado de alerta, o Rio Grande do Sul também sofre com doenças transmitidas pelo Aedes aergypti. Desde 2011, o Estado não tinha tantos casos confirmados de dengue, sendo quatro mortes. Além disso, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) registrou os primeiros infectados por zika vírus em solo gaúcho no ano.
De 1º de janeiro até o dia 9 de maio, o Estado contabiliza 2.649 casos de dengue — o maior número de confirmações desde 2011. Do total, 2.281 são autóctones, isso é, contraídos dentro do território gaúcho. Durante todo o ano de 2010 foram 3.325 casos contraídos localmente. Em 2016, que apresentava o segundo maior número de infectados autóctones na década, o total chegava a 2.114. Vale destacar que ainda restam sete meses para o fim de 2020 e a consolidação dos dados anuais.
acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (15), a maioria das pessoas contaminadas está na faixa etária dos 30 aos 39 anos. Em março, o Estado confirmou quatro mortes pela doença, ambas no Noroeste. A região concentra o maior número de casos, com cinco cidades liderando o ranking: Cerro Largo, Constantina, Santa Rosa, Santo Cristo e Três Passos.
A dengue é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também é vetor da zika e da febre chikungunya. A orientação dos agentes de saúde é evitar o acúmulo de água parada nas residências, pátios e terrenos baldios. Situações de descaso podem ser denunciadas na vigilância epidemiológica de cada município.
Além dos casos de dengue, a SES também confirmou os dois primeiros infectados pelo zika vírus em solo gaúcho no ano. São dois moradores de Três Passos, uma das cidades com maior circulação de mosquitos infectados. No Estado, foram notificados 50 casos suspeitos, sendo 31 descartados e 17 em investigação.