Em meio à pandemia do coronavírus, o Rio Grande do Sul tem o maior número de casos de dengue desde 2016. Em 20 dias, a quantidade de pessoas infectadas com a doença no Estado triplicou e pulou de 410 para 1.232. Destes, 999 são considerados autóctones, ou seja, foram contraídos dentro do território gaúcho.
Os dados integram o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (SES) divulgado nesta quarta-feira (15). Se for levada em conta a série histórica dos últimos 10 anos, apenas 2010 e 2016 tiveram mais casos do que 2020. O detalhe, porém, é que o ano não está nem na metade. E em abril, a SES confirmou a primeira morte por dengue no Estado em cinco anos.
Além das confirmações, outros 554 estão em investigação. Outro ponto destacado pelo boletim epidemiológico é a concentração dos casos autóctones nas Missões, no Norte e Noroeste gaúcho. Dos 999, 58,9% estão concentrados nos municípios de Cerro Largo, Santo Cristo, Constantina e Três Passos.
Mesmo com o maior índice de infectados nessas regiões, o Estado tem 387 municípios considerados infestados pelo Aedes aegypti - o que corresponde a 77,8% das cidades gaúchas.