O governo estadual calcula a necessidade de 218 leitos extras de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para tratar doentes infectados pelo coronavírus — isto é, cerca de 5% dos possíveis infectados no Rio Grande do Sul até 6 de abril em um cenário italiano de coronavírus. O mapa ainda é provisório, podendo sofrer ajustes nos próximos dias, mas até agora, indica, ao menos, seis municípios contemplados. Até semana que vem, 60 novas vagas já devem estar disponíveis, segundo o diretor do Departamento de Regulação Estadual da Secretaria Estadual da Saúde, Eduardo Elsade. A Capital deverá dispor do maior número de unidades.
Do Ministério da Saúde, serão fornecidos equipamentos para 30 UTIs divididas em três hospitais: Universitário de Canoas, São Vicente de Paula de Osório e Clínicas de Passo Fundo. Outras dez vagas serão oferecidas no Hospital-Geral de Caxias do Sul e mais 10 no Hospital Universitário de Santa Maria. O Hospital de Clínicas disponibilizará dez na semana que vem, totalizando 60 — mais para frente, a instituição deve oferecer outras dez vagas.
— Acreditamos que na segunda semana de abril será preciso esse número de UTIs, pois estamos entrando na fase dois da contaminação, que é entre 100 e 500 casos confirmados. Mas se for no ritmo italiano teremos de adotar medidas mais enérgicas como uso de leitos regulares de enfermarias — afirma Elsade.
Para além dos 60 leitos de UTI na semana que vem, o Hospital Bom Jesus de Taquara, que estava fechado, anunciou na terça-feira que projeta abrir mais 10 leitos em abril. Outros 20 serão reservados no Grupo Hospital Conceição.
Elsade assegura que estão previstos para todas as UTIs profissionais de saúde como médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, além de leitos adequados dotados de equipamentos como monitor cardíaco, respirador eletrônico e bomba de infusão.