Correção: diferentemente do que foi publicado entre 17h18min e 20h10min, são 21 casos suspeitos de coronavírus confirmados no Rio Grande do Sul e 129 em todo o Brasil, e não 24 casos no Estado e 132 no Brasil. O texto já foi corrigido.
O Ministério da Saúde realizou, na tarde desta quinta-feira (27), coletiva de imprensa, em Brasília, atualizando a situação do coronavírus no Brasil. Dos 129 casos suspeitos, confirmados até esta quinta-feira, 21 deles são no Rio Grande do Sul, em sete municípios. Os pacientes brasileiros têm entre oito e 82 anos de idade.
Durante a coletiva, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, divulgou dados desatualizados do Estado gaúcho porque a tabela do ministério havia sido consolidada até o meio-dia de quinta. Depois desse horário, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul descartou três dos até então 24 suspeitos, restando 21 casos.
Gabbardo deu mais detalhes sobre a situação da doença no país. Ele representou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que esteve em São Paulo, onde participou de coletiva sobre o mesmo tema ao lado do governador João Doria. Na capital paulista, o ministro anunciou a antecipação da vacinação contra a gripe. Em Brasília, o secretário-executivo do Ministério da Saúde confirmou que a campanha começará pelos Estados do Sul do Brasil.
— Se não fizermos a vacina da gripe, teremos muito mais pessoas com síndrome gripal. Além das pessoas que estarão com coronavírus, também teremos pessoas contaminadas com outro tipo de influenza. Facilita muito também para o profissional fazer o diagnóstico — diz.
Na quarta-feira (26), eram apenas 20 casos no Brasil. Nesta quinta, o número passou para 132 casos suspeitos. Três deles são contatos diretos com o único caso confirmado no país. E outros oito são pessoas que tiveram contato com casos suspeitos. Mas Gabbardo alerta:
— Estes 129 não são definitivos. Pode ser muito maior do que esses números. Podemos chegar a mais de 300. Ainda existem 213 notificações que ainda não foram atualizadas pela equipe. Ou seja, o número de casos suspeitos ainda pode aumentar.
Nesse novo boletim, nenhum outro caso foi confirmado. O crescimento no número de ocorrências se dá, segundo o secretário-executivo, em paralelo à dispersão dos casos na Europa e como consequência de mudanças no protocolo:
— Isso se deve às mudanças de critérios de casos suspeitos, à inclusão de novos países, ao fluxo migratório significativo desses países da Europa, principalmente Itália, Alemanha e França.
Gabbardo destaca a importância das medidas individuais de prevenção do coronavírus, como lavar as mãos, usar álcool gel, não compartilhar utensílios de uso pessoal, beber bastante água e alimentar-se bem, além de tomar a vacina da gripe, se pertencer ao público-alvo. O secretário ainda faz um lembrete aos gaúchos:
— Não somos contra o chimarrão. Basta que as pessoas usem a sua própria bomba e a sua própria cuia. Isso vale para o cafezinho e vale para a água.
O secretário-executivo recomendou que as pessoas evitem aglomerações em ambientes fechados.
— Me questionam por que o Rio Grande do Sul tem o risco maior com as doenças do inverno, como influenza. Eu digo que, em função da temperatura, é costume fechar os ambientes. E nesse ambiente fechado a possibilidade de transmissão do vírus é muito maior — explicou.
No próximo sábado (29), o secretário-executivo visitará os novos blocos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). A visita técnica servirá para verificar a estrutura disponível para atender à possível demanda de atenção a pacientes com o coronavírus e formalizar a entrega de documentos com as necessidades do Clínicas para estruturar os novos leitos do Centro de Tratamento Intensivo (CTI). A secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, também estará presente.
GaúchaZH divulga todos os casos suspeitos de coronavírus?
Não divulgamos todos. GaúchaZH, Zero Hora, Diário Gaúcho e Rádio Gaúcha só noticiam casos de pacientes com suspeita ou confirmação de contágio por coronavírus quando divulgados pelo Ministério da Saúde, órgão que atua em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS).