Dos R$ 213,2 milhões anunciados pelo governo Federal para a área da saúde no Rio Grande do Sul, R$ 36,6 milhões serão destinados à compra de equipamentos para o Hospital Regional de Santa Maria. Contudo, ainda não há, por parte do Estado, uma sinalização quanto à data de abertura de leitos. O anúncio da verba foi feito nesta quinta-feira (5), durante a cúpula do Mercosul, em Bento Gonçalves, na serra gaúcha. A construção do hospital teve custo de R$ 70 milhões. Pronta desde 2016, a instituição só foi inaugurada em 6 de julho de 2018 e funciona até hoje somente com dois ambulatórios abertos.
No início deste ano, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) chegou a prever a abertura dos leitos para 2019, mas voltou a atrás afirmando que o motivo seria o atraso no repasse de R$ 50 milhões do Ministério da Saúde destinados para a compra de equipamentos. Na manhã desta sexta-feira (6), em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade da Rádio Gaúcha, a Secretária Estadual de Saúde, Arita Bergmann, afirmou que mesmo com o anúncio da liberação do recurso, ainda não é possível prever uma data para abertura de leitos na instituição:
— Não temos como precisar data porque temos um processo agora – na medida que o recurso entra no Fundo Estadual – que é fazer a licitação para compra dos equipamentos. Este é um processo complexo e um pouco demorado, precisamos ter transparência e segurança para fazer com que eles sejam comprados dentro da média que foi prevista. A nossa expectativa é que em 2020 tenhamos o hospital em funcionamento.
De acordo com a SES, os R$ 36,6 milhões serão utilizados para a aquisição de equipamentos de raio X, hemodinâmica, aparelhos respiratórios, camas hospitalares, materiais permanentes (gazes, seringas, algodão, agulha, luvas), entre outros. Após a liberação desse recurso, é prevista a abertura de licitação para compra dos itens – ainda sem data prevista.
— Como todos sabem, o Estado tem dificuldade orçamentária e financeira e esse primeiro aporte de recursos vai permitir a compra dos equipamentos para a abertura de 130 leitos. Já estamos trabalhando neste processo licitatório. E é evidente que depois precisaremos do Ministério da Saúde para o recurso de custeio desse hospital que é estratégico e necessário. Nesses 130 leitos pretendemos preencher uma demanda de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) na região, principalmente nas áreas de cardiologia, traumatologia, neurologia e clínica geral —, acrescentou a secretária em entrevista ao programa Atualidade.
O hospital conta com dois ambulatórios especializados: um em cardiologia e outro para pacientes crônicos hipertensos e diabéticos de alto risco.