O Ministério da Saúde divulgou, em seu último boletim, que mais sete estados tiveram casos confirmados de sarampo: Pernambuco, Goiás, Maranhão, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Sergipe e Piauí. A Secretária de Saúde do Distrito Federal também divulgou uma nota que confirma que três pessoas foram infectadas pelo vírus na unidade federativa. As informações são da Agência Brasil.
O boletim epidemiológico do Ministério da Saúde trouxe a atualização mais recente da disseminação do sarampo no país, tomando o período de 19 de maio a 19 de agosto, mas não incluiu o DF. Foram confirmados 1.680 casos. Mais 7.487 estão em investigação e 1 mil foram descartados após análise.
Além das oito unidades da Federação, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná e São Paulo tiveram casos confirmados na edição anterior do boletim, com dados até o dia 12 de agosto. O surto é fortemente concentrado no Estado de São Paulo, responsável por 1.662 casos, 98,9% do total, com ocorrências em 74 municípios.
Depois de São Paulo vêm Rio de Janeiro (6 casos), Pernambuco (4) e o Distrito Federal (3). Os demais estados possuíam, até terça-feira (20), apenas um episódio confirmado cada um. São Paulo é o principal foco, com cadeias de transmissão a partir dos 74 municípios onde há informação de circulação do vírus.
Na terça-feira, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal anunciou a confirmação de três pessoas com a doença. Segundo o órgão, nenhum deles foi autóctone (contraído na própria cidade), ou teve circulação na capital. O contágio ocorreu em razão de contato com pessoas infectadas de São Paulo, seja por uma viagem de um morador do DF ao estado de SP, seja pela transmissão por um paulista que visitou Brasília.
A Secretaria de Saúde informou que adotou medidas de contenção da circulação do vírus, como a aplicação de vacina para 1,6 mil pessoas. Além disso, estão sendo desenvolvidas ações de comunicação no aeroporto e foi implantado um posto de imunização no local para os trabalhadores que lidam com viajantes.
Vacinação de crianças
Na terça (20), o Ministério da Saúde recomendou que crianças entre seis meses e 1 ano sejam vacinadas, com uma imunização denominada dose zero. A iniciativa visa diminuir a incidência nesta faixa. Este tem sido o grupo etário com maior presença proporcional de casos, com 38,3 em cada 100 mil habitantes, contra uma média geral de 4,10 em cada 100 mil habitantes.