Os ataques com substância ácida praticados por um homem ainda não identificado pela Polícia Civil, em ruas de dois bairros da zona sul de Porto Alegre, têm provocado queimaduras nas vítimas e aflição entre moradores das regiões onde foram cometidos os crimes. De acordo com a dermatologista Clarissa Prati, as vítimas devem adotar procedimentos para que os ferimentos não se agravem e não deixem sequelas na pele.
— Pelo o que se vê pelo mundo, quando ocorrem ataques deste tipo, é usado ácido de bateria, que provoca queimadura de segundo grau, bolhas e muita dor. Em um primeiro momento, é preciso que se lave a área atingida com água corrente por uns 20 minutos e, se continuar ardendo, é necessário repetir o procedimento — explica.
Conforme a médica, o cuidado deve ser maior se o rosto for atingido, devido aos olhos, que podem ser seriamente afetados. Neste caso, é essencial recorrer a um oftalmologista com urgência, logo depois de lavar com água corrente.
A também dermatologista Mônica Zechmeister Berg afirma que ainda há dúvidas sobre a substância utilizada nos ataques, o que deverá ser apontado pela perícia. Contudo, reforça a orientação para que a região atingida seja lavada com água corrente.
— Não temos noção de que produto é, mas é possível perceber que é cáustico e queima. Depois de lavar, é necessário buscar serviço de saúde com urgência — recomenda.
Mônica alerta ainda que, diante de qualquer sinal de infecção, é preciso começar um tratamento para que não ocorra risco de a invasão atingir a corrente sanguínea ou órgãos internos. Uma dica importante das dermatologistas é que, em fase posterior, a pele seja tratada.
— Substâncias hidratantes e antibióticas são necessárias para que o ferimento não evolua para uma cicatriz distrófica. Depois, o filtro solar — destaca Clarissa.
Mônica orienta ainda que, para a regeneração da pele, as pessoas devem evitar de puxar as "casquinhas" que se formam.
— Tem de deixar que a própria pele faça um curativo natural.
Dicas
— Em casa de queimadura com substância ácida, lave a região afetada com água corrente por cerca de 20 minutos.
— Procure serviço de saúde.
— Consulte um dermatologista.
— Durante tratamento, use substância hidratantes.
— Não puxe as "casquinhas" que se formam na pele.
Fontes: médicas Clarissa Prati e Mônica Zechmeister Berg