Sabrina Sato deu à luz a primeira filha, Zoe, nesta quinta-feira (29), após 24 horas de trabalho de parto, iniciado após o rompimento da bolsa. Grávida de 41 semanas, a apresentadora foi submetida a uma cesárea.
O trabalho de parto costuma ocorrer espontaneamente após 39 semanas de gestação e começa quando há dois sintomas principais: contrações regulares e dilatação do útero — normalmente entre quatro e cinco centímetros. O tempo de duração é variável e é diferente para cada mulher. Enquanto algumas ficam em trabalho de parto por cinco horas, outras levam quase 18. Mas, em geral, o comum é que dure de 12 a 18 horas.
De acordo com o ginecologista e obstetra Alberto Guimarães, de São Paulo, situações como a de Sabrina, em que o bebê nasce muitas horas após o rompimento da bolsa, não são comuns. Normalmente, o rompimento da bolsa só ocorre quando a paciente já está em trabalho de parto.
Quando a bolsa se rompe antes, é preciso realizar algumas avaliações: saber o desejo da mãe (se ela quer optar pela cesárea ou continuar tentando o parto normal), a cor do líquido expelido (que precisa ser bem claro, como água), se houve ou não sangramento e se há indícios de sofrimento fetal. Outra situação em que se indica a cesárea é quando o bebê está sentado.
— Após o rompimento da bolsa em uma gestação já madura, como no caso da Sabrina, que já apresentava idade gestacional de 41 semanas, o normal é que o trabalho de parto comece espontaneamente, ou seja, que a mulher comece a ter contrações e apresente dilatação do colo do útero. Caso isso não aconteça dentro de algumas horas, se começa uma indução de parto (procedimento em que se aplica medicamentos para provocar as contrações) — explica Guimarães.
Segundo Maria Fernanda, obstetra do Hospital Divina Providência, não há problema em continuar tentando o parto normal após o rompimento da bolsa, desde que mãe e bebê não corram nenhum risco.
— Podemos aguardar um tempo e observar se o trabalho de parto irá iniciar espontaneamente — explica Maria Fernanda.
Normalmente, o tempo máximo de espera entre o rompimento da bolsa e o parto normal é de 24 horas. Após esse período, é fundamental que alguma evolução tenha acontecido. A recomendação é de que, após 18 horas do rompimento, seja iniciado uso de antibiótico para evitar uma possível infecção. A cesariana poderá ser indicada a qualquer momento se houver algum indício de alteração do bem-estar fetal, sinais de infeção materna ou se a mãe resolver optar pela cesárea.
— Por isso, o ideal é que ela esteja em um ambiente hospitalar, assim podemos observar quais são as condições em que a mãe e o bebê se encontram e indicar o que é melhor — diz Maria Fernanda.