A Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) confirmou que vai se reunir com o prefeito de Caxias do Sul, Daniel Guerra, no dia 20 de novembro para tratar do pedido do maior município da Serra para que o Hospital Pompéia deixe de ser referência para cirurgias de urgência e emergência de traumato-ortopedia para 34 municípios que integram a 5ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). Caxias seguiria como referência para outras 15 cidades.
O presidente da Amesne e prefeito de Veranópolis, Waldemar de Carli, diz que parte do recurso destinado ao hospital por parte do Estado e União serve para atender a pacientes dos 34 municípios. Por isso, ele diz que a proposta é que o Pompéia continue atendendo aos moradores de todas as cidades. O presidente da Amesne também afirma que a entidade está mobilizada para buscar habilitação de novos hospitais para o serviço: o São Carlos, de Farroupilha, e o Virvi Ramos, de Caxias.
A justificativa da prefeitura de Caxias para reduzir o serviço seria a capacidade instalada do município, o recurso financeiro disponível para os atendimentos, a demanda reprimida e o tempo médio de espera para cirurgia. A superintendência do Hospital Pompéia concorda com a iniciativa da prefeitura de Caxias.
O comunicado ao Estado foi feito no dia 11 de outubro, mesmo dia em que os municípios tentavam remanejar os atendimentos para que o Hospital Pompéia voltasse a oferecer cirurgias eletivas de traumato-ortopedia para as regiões de saúde 25, Vinhedos e Basalto, e 26, Uvas e Vales. Esses procedimentos estão suspensos desde 2015 para essas duas regiões, que englobam os 34 municípios afetados com o pedido para que a urgência e emergência também seja transferida.
GaúchaZH tentou confirmar a agenda com o Gabinete do Prefeito Daniel Guerra, por meio da assessoria de imprensa, mas não obteve retorno. Conforme a associação de municípios, caso a divergência não seja resolvida com diálogo, existe a possibilidade da entidade levar a situação para o Ministério Público Federal.