Você sabia que a maneira que você seca as mãos no banheiro pode ser até mais importante do que lavá-las?
Com a premissa de preservar o ambiente, muitos banheiros de uso público oferecem aparelhos de jato de ar em vez de toalhas de papel. Contudo, um estudo realizado em banheiros de hospitais do Reino Unido, da França e da Itália mostrou que o mais recomendado é o papel: os jatos espalham muito mais germes.
Publicado no periódico Journal of Hospital Infection, o levantamento revelou que os locais que tinham secadores de ar apresentaram maior índice de contaminação bacteriana, incluindo as fecais e as resistentes a antibióticos.
— Quando as pessoas usam o secador de ar, os micróbios são expelidos e se espalham pelo banheiro. Eles criam um efeito aerossol, contaminando o próprio aparelho, a pia, o chão e outras superfícies — disse, ao site da Universidade de Leeds, o supervisor da pesquisa, Mark Wilcox, professor de microbiologia médica da instituição.
Embora o estudo tenha contemplado apenas casas de saúde, a regra é a mesma para outros ambientes como banheiros de restaurantes e shoppings, por exemplo. O biomédico Roberto Figueiredo, conhecido como Dr. Bactéria, explica que mesmo após a lavagem, algumas bactérias permanecem nas mãos:
— Se você as enxugar com papel, vai reduzir em 40% os microrganismos que sobraram. Ao usar o ar, pode aumentá-los em 250%. Mas por quê? Porque o aparelho absorve o ar que tem no banheiro, que é altamente contaminado, e o concentra nas mãos.
Fora isso, o especialista diz que os jatos de ar ainda têm potencial de espalhar os germes para uma área muito grande, de até quatro metros de distância.