Lavar as mãos é uma atitude simples, rápida e eficiente para prevenir a disseminação de infecções. Entretanto, ainda é um hábito adotado com pouca frequência.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que é possível reduzir em até 40% a incidência de infecções e doenças como diarreia, resfriados e conjuntivite com o simples ato de lavar as mãos. Dados como o da OMS estimulam cada vez mais especialistas a chamarem a atenção sobre a importância que precisa ser dada ao assunto.
Principais vias de transmissão de germes e microrganismos em geral, as mãos devem ser lavadas sempre que estiverem visivelmente sujas, antes e depois das refeições, de assoar o nariz e de usar o banheiro, por exemplo. Se as mãos não forem limpas, ações simples e corriqueiras como coçar os olhos, o nariz, a boca, falar ao telefone, contar dinheiro e utilizar o transporte público - que por ser um local com grande circulação de pessoas é favorável à contaminação - podem causar uma série de doenças: resfriado, gripe, conjuntivite, erupções na pele, diarreia, hepatite e infecções respiratórias.
De acordo com a coordenadora de serviço de controle de infecção hospitalar do Hospital Moinhos de Vento, Denusa Wiltgen, a higiene das mãos remove o suor, a oleosidade e as células mortas, o que impossibilita a formação de um ambiente propício à permanência e à proliferação de vírus, fungos e bactérias.
Álcool gel pode ser alternativa
Adotado por pessoas que passam o dia na rua e que não têm tempo para lavar as mãos com água e sabão sempre que necessário, o álcool em gel pode ser uma solução.
— O álcool tem eficácia até mesmo prolongada. Mas se as mãos estiverem sujas, ele não substitui a limpeza com água e sabão — diz Denusa.
A especialista afirma que é importante estar atento a detalhes da embalagem do produto, que deve indicar a concentração ideal de álcool entre 60% a 80%. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a quantidade recomendada para uma limpeza eficiente das mãos deve ser equivalente a um grão de ervilha.
— Também é preciso ter atenção, principalmente em hospitais, à transmissão cruzada, que é a disseminação de bactérias de uma pessoa contaminada a outra — destaca Denusa.
Dicas que podem fazer a diferença na higienização das mãos:
- Retire acessórios como anéis, pulseiras e relógio, pois esses objetos acumulam microrganismos que podem não ser removidos com a lavagem;
- Aplique a quantidade de sabonete suficiente para cobrir toda a superfície das duas mãos;
- Após o enxágue, utilize papel toalha e comece secando pelas mãos, seguindo pelos punhos;
- Utilize papel toalha para fechar a torneira.