Após a interdição de uma clínica particular de vacinas, suspeita de aplicar doses irregulares, e a prisão preventiva da proprietária, na manhã desta quinta-feira (15), a Secretaria Estadual da Saúde emitiu nota de orientações à população. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde e a Vigilância em Saúde de Novo Hamburgo orientam que as pessoas que foram vacinadas no estabelecimento entrem em contato o mais breve possível com a Gerência de Vigilância em Saúde do município.
O contato deve ser feito por meio de e-mail (epidemio@novohamburgo.rs.gov.br) ou telefone _ (51) 3097 9411, das 8h às 17h. É preciso informar os seguinte dados: nome completo do usuário (no caso de criança ou adolescente, nome do responsável), data de nascimento, carteira de vacinação com o registro das vacinas aplicadas pelo estabelecimento, endereço completo e telefone.
O secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, também orienta que todos que procuraram a clínica para fazer a vacina contra a febre amarela busquem uma unidade pública de saúde para aplicar a dose novamente, uma vez que era "uma vacina simulada". Quem vai viajar nos próximos dias para locais de risco — como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia — deve seguir a mesma orientação. No entanto, se a viagem estiver programada para antes de 10 dias, a pessoa deve estar ciente de que estará viajando sem proteção.
— Para aqueles que fizeram a aplicação falsa da vacina e vão viajar em menos de 10 dias, a recomendação é de que, mesmo que a vacina seja feita novamente, a pessoa se previna usando repelente e manga comprida para não expor a pele ao mosquito. Que evite áreas silvestres e locais de circulação viral — explica Gabbardo.
Os casos de meningite serão avaliados individualmente, e quem se vacinou deve aguardar ser chamado na unidade de vigilância sanitária de Novo Hamburgo. Conforme o secretário, diferentemente da vacina contra a febre amarela, a clínica teria doses disponíveis da vacina contra a meningite.
— Nós precisamos ter um pouco mais de informações para detectar se a pessoa tomou ou não a vacina. Vamos tentar conseguir uma lista de quem supostamente fez a imunização, consultar a partir de registros e do lote para ver se efetivamente a clínica tinha a vacina — explica.