Clientes da clínica Vacix, no bairro Hamburgo Velho, em Novo Hamburgo, pagaram entre R$ 130 e R$ 590 reais pela aplicação de vacinas que a Polícia Civil diz terem sido fraudadas. Investigação da Delegacia do Consumidor do Departamento Estadual de Investigação Criminal (Deic) afirma que a farmacêutica proprietária do estabelecimento, Luciana Sandrini Rihl, fingia aplicar a injeção nas pessoas, mas retirava a agulha antes de pressionar a seringa. A mulher, de 37 anos, foi presa na quarta-feira (14).
São três os tipos de vacinas oferecidas pelo estabelecimento que foram colocadas sob suspeita pela apuração policial: contra febre amarela, meningite B e meningite ACWY.
— A denúncia é que ela estaria aplicando vacinas vazias e que utilizaria as mesmas agulhas em crianças e adolescentes — afirmou o delegado Rafael Liedtke, responsável pela investigação.
A informação chegou até a polícia na semana passada, através do Gabinete de Inteligência. Os policiais procuraram a Vigilância Sanitária de Novo Hamburgo, que também tinha denúncias. Depois, foram até o Judiciário da cidade e pediram a prisão da proprietária da clínica. Na tarde de quarta-feira, os policiais do Deic cumpriram os mandados de busca e apreensão na clínica e na casa da investigada - além de prendê-la também com mandado judicial.
Recomendação a clientes
No cumprimento dos mandados, os policiais encontraram vacinas armazenadas dentro da geladeira da casa de Luciana, junto a frutas e saladas. Algumas vacinas estavam vazias e outras, lacradas. Uma funcionária foi ouvida e liberada — a polícia acredita que ela não tinha participação no esquema.
O objetivo nos próximos dias de investigação — que deve ser encerrada até sexta-feira da próxima semana — é confirmar o número de pessoas que teriam sido vítimas do golpe. A polícia recomenda que quem tenha aplicado alguma das três vacinas na clínica que procure a Gerência de Vigilância em Saúde de Novo Hamburgo e a Delegacia do Consumidor do Deic.