Empresas de energia e de telefonia que atuam em Porto Alegre participam, na manhã desta sexta-feira (13), de um mutirão promovido pela prefeitura para recolhimento de fios sem uso e pendurados em postes. A ação cumpre uma decisão judicial deste mês que obriga CEEE Equatorial, Vivo, TIM, Claro e Oi a trabalhar nas operações uma vez por semana.
Por volta de 8h30min, as equipes da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos começaram os trabalhos na Rua Dona Margarida e seguem com as manutenções iniciadas nesta semana no 4º Distrito. São retirados fios em desuso, arrebentados e não identificados, que estejam abaixo de aproximadamente três metros de altura nas ruas. A retirada serve para dar mais segurança e reduzir a poluição visual.
Os locais são escolhidos por protocolos abertos na plataforma 156 e de órgãos de fiscalização. Desde janeiro, a prefeitura estima ter recolhido mais de 74 toneladas de fios.
O trabalho começou em janeiro, foi interrompido durante a enchente de maio e retomado em julho por uma empresa credenciada. Em agosto, as equipes da prefeitura assumiram a função, executada nas segundas, quartas e sextas-feiras.
Na quarta-feira (11), uma equipe atuava no 4º Distrito. Na ocasião, duas operadoras participavam da retirada de fios em postes na região.
No bairro Partenon, a reportagem de Zero Hora encontrou diversos trechos, como nas ruas Condor, Clemente Pereira e 26 de Dezembro, com fios baixos, enrolados e encostando nas calçadas.
A prefeitura de Porto Alegre ajuizou, em março deste ano, ação civil pública contra a CEEE Equatorial e as operadoras de internet e telefonia Claro, Oi, Tim e Vivo buscando responsabilizá-las judicialmente pela falta de manutenção dos fios de telecomunicação e equipamentos instalados nos postes da cidade.
Projeto aprovado na Câmara aguarda decisão de Melo
Em novembro, a Câmara Municipal aprovou um projeto de lei que obriga a empresa concessionária de energia elétrica a realizar a manutenção e a retirada de fios e cabos de energia elétrica e de fibra ótica em desuso. A proposta foi de autoria do vereador João Bosco Vaz (PDT). Em caso de descumprimento, a empresa poderá ser multada.
A proposta de lei está no gabinete do prefeito Sebastião Melo, que tem até o dia 19 para sancionar ou não o texto.