Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, nesta quarta-feira (19), o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), Mauricio Loss, disse que sete comportas do sistema de proteção da cidade contra enchente (são 14 ao total) virarão parede. Durante a tarde, o departamento informou que outras duas comportas também devem ser concretadas, uma delas parcialmente, totalizando nove.
— Em um primeiro momento vamos ter que recuperar as comportas existentes enquanto se faz o processo das novas, muitas nós vamos fechar definitivamente, retirar as comportas e fechar com parede.
As comportas a serem substituídas por paredes, segundo Loss, são as que já estavam fechadas há muito tempo, como as intermediárias na Avenida Castelo Branco. A medida, conforme Loss, é para que não haja mais a preocupação com o fechamento das comportas:
— A gente fecha ali com parede, uma parede bem robusta, que aguente a força da água assim como o muro da Mauá aguenta.
De acordo com o diretor-geral do Dmae, o projeto para a construção deve levar em torno de 30 dias para ser concluído. Após, haverá as contratações para executar as obras:
— Como são aproximadamente sete comportas que a gente vai retirar e colocar parede, isso demanda alguns meses de execução. Mas claro, tudo muito bem calculado. Da mesma forma em relação às casas de bombas e os diques. Estamos avançando com as contratações de alteamento (elevação) de motores, de painéis elétricos, colocar espera para geradores, uma vez que nenhum projeto de casa de bombas previa isso. Queremos ter geradores pelo menos para um funcionamento mínimo das casas de bombas, para que elas não parem.
Loss explicou a razão de ainda não terem iniciado as obras:
— Estamos em uma corrida contra o tempo, principalmente para ver se nos próximos 30 dias já estamos com obras nas casas de bombas. O poder público tem toda uma burocracia que nós temos que cumprir e isso atrapalha um pouquinho a rapidez, mas nós estamos nos esforçando ao máximo para anunciar o mais rápido possível o começo dos trabalhos.
Atualmente, a Capital conta com 22 das 23 casas de bombas em funcionamento. Apesar de a cidade apresentar diversos pontos de alagamento, o diretor afirmou que não há necessidade de evacuação:
— São acúmulos de água porque a rede ainda está bem carregada, tem muita água nessas regiões mais planas, que por serem mais planas a água não escorre com tanta velocidade para as casas de bombas, também não estamos com o bombeamento a pleno, mas não acreditamos que seja necessário elevar móveis ou sair de suas residências.