A enchente do Guaíba afetou mais de 150 mil pessoas em Porto Alegre, segundo a prefeitura, e deixou milhares sem água potável. Ao mesmo tempo, o evento adicionou ao vocabulário da cidade alguns termos novos, como "casas de bombas", "diques", "comportas", "ETAs" e "Ebabs".
Enquanto as primeiras expressões estão ligadas ao sistema de contenção de cheias da Capital, que também inclui o muro do Cais Mauá, as últimas siglas estão relacionadas ao sistema de abastecimento de água potável do município.
GZH explica a seguir o significado desses termos e onde estão esses equipamentos em Porto Alegre. Confira.
Casas de bombas
As Estações de Bombeamento de Água Pluvial (Ebaps), também conhecidas como casas de bombas, funcionam com motores que são capazes de movimentar milhares de litros de água por segundo, possibilitando a drenagem da água acumulada em pontos da Capital, segundo o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).
Esse maquinário permite que a água da chuva, que passa pelas redes de drenagem e canais, seja escoada para o Guaíba.
As casas de bombas ficam próximas ao leito do rio Gravataí e do próprio Guaíba, e também perto de arroios da Capital, como o São Gonçalo, no Passo d'Areia, e o Dilúvio, que vai da Lomba do Sabão ao Praia de Belas. Veja abaixo.
Estações de Bombeamento de Água Bruta (Ebab)
Já o sistema de abastecimento de água potável em Porto Alegre conta com seis Estações de Bombeamento de Água Bruta (Ebabs) e seis Estações de Tratamento de Água (ETAs). As Ebabs recebem a água captada em cinco pontos do Guaíba e um do Jacuí. Nesta estação, a água passa por um gradeamento que retém os sólidos de maior volume. Depois, o líquido é bombeado para as ETAs, que as encaminham para as torneiras das casas após tratamento.
Estações de Tratamento de Água (ETA)
As estações de tratamento de água de Porto Alegre distribuem a água potável por meio de Estações de Bombeamento de Água Tratada (Ebat), adutoras e redes. Essa água chega até as torneiras dos contribuintes ou é armazenada em reservatórios.