O número de abrigos para receber pessoas atingidas pela enchente está em redução em Porto Alegre. Dos 163 registrados pela prefeitura no ápice da crise, 16 suspenderam as atividades nos últimos dias.
Na manhã deste domingo (19), o número de abrigos era de 147, reunindo ainda 12,8 mil pessoas na Capital. Ao longo do dia, a prefeitura de Porto Alegre deve realizar um novo recadastramento para atualizar a situação destes espaços.
O coordenador da Central de Abrigos e também secretário municipal de Inovação, Luiz Carlos Pinto, reforçou que essa redução é natural, em função das retomadas que estão sendo possíveis após com o nível da água baixando na Capital - seja retornando para casa, se transferindo para lares de familiares ou até alugando novas residências.
Segundo ele, 20% dos abrigos funcionam em forma de parceria, ou seja, com voluntários e também com funcionários da Prefeitura. Os demais são organizados pela sociedade.
Pinto também comentou sobre outro tipo de situação que é enfrentado, que é o fato de os abrigos receberem outras populações não atingidas diretamente pela enchente, como moradores de rua:
— Isso complica porque essas pessoas deveriam ser atendidas por outras políticas públicas.
Também há a situação de quem vai demorar mais tempo para poder retornar às suas regiões de origem. O coordenador citou como exemplos os moradores da região das Ilhas - cerca de 1,9 mil pessoas - e também do entorno da Arena do Grêmio - cerca de 700 famílias. Segundo o secretário, diversas alternativas estão em discussão e alguma definição pode ser anunciada nos próximos dias.
A prefeitura tem o cadastro do abrigos organiza a distribuição - para alguns pontos - de comida pronta (marmitas), além de direcionar a entrega de cestas básicas, conforme surgem as demandas.
Na semana passada, também foi detectada redução de voluntários para ajudar nos trabalhos em abrigos, possivelmente pelo fato de as pessoas estarem retomando suas rotinas de trabalho ou estudo.