A cidade de Viamão, vizinha de Porto Alegre, sente os efeitos da enchente. No bairro Itapuã, moradores foram atingidos pela elevação do Guaíba. Cerca de 43 pessoas estão na escola Odete Barcelos Bernardes, um dos abrigos oficiais da cidade. Mais de 150 residências foram atingidas pela cheia no bairro.
— Precisamos de alimentos. Muitos moradores são autônomos e estão sem condições de comprar o alimento. Muitos vêm de locais que não estão alagados, mas precisam de ajuda — explicou o servidor público Luis Augusto Carvalho, que é um dos líderes do local que serve cerca de 200 refeições por dia.
A enchente vem assustando os moradores de Itapuã. Muitos relatam nunca terem visto uma cheia tão grande.
— Nunca vi nada parecido. São muitas casas inundadas. Muita gente perdeu tudo. Nasci aqui, cresci aqui, e nunca vi essa água entrar tanto assim no bairro — disse o morador Paulo Renato, 64 anos, que não teve sua casa atingida pela enchente.
Os resgates já foram encerrados. Residências alagadas estão vazias e sendo protegidas pelos moradores, que ficam revezando nos barcos dos pescadores.
— Não temos mais resgates. As pessoas saíram. Estamos tentando o resgates de móveis que ficaram em casas com pouca água. Agora esperamos que essa água não suba mais — disse o comandante dos bombeiros voluntários, Francisco Galmarini.
Zona sul de Porto Alegre
Na zona sul de Porto Alegre, bairros como Lami, Belém Novo e Ipanema ainda sofrem com a cheia. A água invadiu a Avenida Guaíba e, também, ruas próximas ao calçadão de Ipanema.
No Lami, o acesso à orla segue difícil por conta da água que ocupa boa parte da estrada Otaviano José Pinto. O bairro localizado no extremo sul da Capital está sem energia elétrica.