Moradores das torres nove e 10 do condomínio Alto São Francisco, no bairro Rubem Berta, na zona norte de Porto Alegre, estão abrigados no salão de festa do espaço há 11 dias. As famílias — que totalizam 17 pessoas — recusaram a proposta da prefeitura de Porto Alegre de vagas em pousadas do município, a qual foi considerada inadequada pelos atingidos.
Ao todo, 70 pessoas estão desabrigadas em razão da explosão em um dos edifícios durante a madrugada de 4 de janeiro. Segundo os moradores, parte deste grupo foi acolhida pelos vizinhos, que emprestaram apartamentos que não vinham sendo utilizados aos afetados.
Na sexta-feira (12), a construtora Tenda emitiu um laudo apontado o risco de desabamento da torre 10, o epicentro da explosão. A Tenda disse que não foram apurados quaisquer indícios de problemas relacionados à execução da obra (leia nota abaixo).
Ainda de acordo com a construtora, como medida de segurança na área que já estava sob isolamento parcial pela Defesa Civil, está em andamento a instalação de tapumes para impedir o acesso às unidades.
No sábado (13), uma reunião entre órgãos públicos, Caixa, moradores e construtora definiu que os atingidos terão isenção nos pagamentos das prestações, da entrada e das taxas condominiais.
Vítima em estado grave
Onze dias após a explosão na torre 10 do condomínio, o morador Rodrigo da Rosa Rufino, 43 anos, permanece internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre. Tiago Lemos, 38, morreu na última semana.
As causas da explosão ainda são investigadas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). A suspeita é de que um vazamento de gás em um dos apartamentos tenha causado o acidente.
O que diz a Tenda
A Construtora ressalta que não foram apurados quaisquer indícios de problemas relacionados à execução da obra do condomínio Alto São Francisco, em Porto Alegre, sendo certo que a decisão do que será feito, efetivamente, partirá do condomínio. Como medida de segurança, na área que já estava sob isolamento parcial pela Defesa Civil, com apoio de vigilância privada noturna, está em andamento a instalação de tapumes, isolando completamente os acessos às unidades.