Mais de cem pessoas seguem fora de casa em Alvorada, na Região Metropolitana, em razão de alagamentos. Conforme a prefeitura, 160 pessoas estão abrigadas em casas de amigos e parentes, e outras 12 estão dormindo no alojamento do Ginásio Municipal.
Segundo a prefeitura, até a manhã deste sábado (16), não ocorreram novas procuras por abrigo no Ginásio Anísio Teixeira. Na noite da sexta-feira (15), a administração municipal distribuiu alimentos e material de higiene para os moradores dos bairros mais afetados, ação que se repetirá ao longo deste sábado.
Na manhã da sexta-feira, o nível do Arroio Feijó já havia estabilizado. Mesmo assim, a água segue no limite da margem em alguns trechos. Os bairros mais afetados são Americana, Nova Americana e Sumaré, onde ainda há vias alagadas.
No bairro Americana, por exemplo, casas localizadas na Travessa Manoel Dias da Silva Filho, Rua Coelho Neto, Rua Itararé e vias adjacentes, tinham água dentro dos pátios e das residências.
— Está assim desde terça-feira, quando começou a encher o rio (Gravataí). Agora, a vazão não dá conta e a água fica acumulada. Entrou na casa, no pátio, e agora está jorrando pela caixa de gordura — afirma Ariane Rosa, 31 anos, moradora da Travessa Manoel Dias.
Ao lado dela, o comerciante Francisco Nascimento lamenta a situação da rua. Segundo ele, os alagamentos reduzem a vinda de clientes ao seu armazém.
— Não é toda chuva que fica assim, mas quando é mais forte, desce toda água do rio pra cá — explica.
Em outro ponto, na Rua Coelho Neto, outras moradoras reclamam da água que invadiu os pátios e deixaram suas famílias ilhadas.
— Aqui, só vestindo bota, macacão e encarando o alagamento. Não tem o que fazer. Desde 2015 que não enchia tanto — relata a aposentada Adélia Maria, 66 anos.
Junto dela, dois cães de estimação acompanham a caminhada no meio da inundação. Bem-humorada, ela explica:
— Coitadinhos, têm que sair para passear um pouco. A gente fez um espaço elevado pra eles ficarem lá em casa, mas fica ruim para os bichinhos, né?