O governador do Rio Grande do Sul acompanhou, nesta quinta-feira (28), a reabertura da comporta do principal acesso ao Cais Mauá, no Centro Histórico de Porto Alegre. Acompanhado do coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Luciano Boeira, e de funcionários da Portos RS, responsável pela gestão dos portos gaúchos, Eduardo Leite percorreu a área que havia sido atingida pela cheia do Guaíba.
O objetivo, segundo Leite, era observar o comportamento das águas na região, onde o nível do lago chegou a 3m18cm, acima da cota de inundação.
— Naturalmente, a gente defende o sistema de proteção da cidade. Aliás, um sistema até melhorado, mais atualizado e moderno, para eventuais novos eventos climáticos por aqui.
Questionado sobre a remoção parcial do muro da Mauá, prevista no modelo de concessão, o governador argumentou que a intervenção não representará qualquer ameaça à população, pois, antes da retirada, está prevista a implementação de uma nova barreira. Por isso, ele acredita que as pessoas não deveriam se atemorizar.
— Até pode vir uma proposta diferente do parceiro privado, mas o que está desenhado pelo governo é levantar a calçada na beira do cais em aproximadamente 1,20 metro. A água subiu, para além do Guaíba, 18 centímetros. Estamos falando sobre ter uma barreira numa calçada elevada, uma arquibancada, e ainda um sistema removível, retrátil de barreiras que possa ser utilizado quando necessário — disse Eduardo Leite para a imprensa.
De acordo com o governador, vários modelos modernos e inovadores utilizados no mundo foram prospectados pelos escritórios contratados na elaboração do projeto.
O edital de concessão do Cais Mauá para a iniciativa privada foi publicado no dia 18 deste mês. De acordo com o documento, que consta no Diário Oficial, propostas de empresas serão recebidas em 14 de dezembro. Já o leilão está agendado para 21 do mesmo mês, em São Paulo.
O período da concessão será de 30 anos, com investimentos previstos de R$ 353,3 milhões em revitalização e qualificação do espaço. O trecho concedido será da Usina do Gasômetro até a Estação Rodoviária de Porto Alegre – três quilômetros de extensão e 181,2 mil metros quadrados de área.
O edital estabelece livre circulação das pessoas, sendo proibida qualquer cobrança de ingresso para acesso a pé ao Cais Mauá.