A segunda-feira (6) registra transtornos aos usuários da Carris em razão da paralisação dos trabalhadores da companhia. Por conta do feriado desta terça-feira (7), as paradas não estão lotadas, mas os passageiros relataram atrasos nas suas tarefas devido ao número reduzido de ônibus circulando.
A técnica de enfermagem Ziza Lago,58 anos, utiliza dois ônibus para sair da Lomba do Pinheiro e chegar ao emprego, no Hospital Conceição. O primeiro trecho da viagem foi realizado dentro dos horários habituais. Entretanto, a linha T1 da Carris não passou dentro do previsto na parada da Avenida Ipiranga, junto à PUCRS.
— Eu estou atrasada há 40 minutos já. Ele (T1) passa bem mais rápido do que hoje. E não estou conseguindo pegar nem aplicativo — comentou ela.
O montador de móveis Fabiano da Silva, 26 anos, também estava na parada de ônibus localizada na PUCRS. Ele utiliza diariamente o coletivo da linha T4, e não estará no trabalho no horário previsto.
— Faz uma hora que estou aqui. Não tá passando. Eu uso direto. Vou chegar atrasado. Não tem o que fazer — lamentou.
Em frente à sede da Carris, um grupo de rodoviários realiza novo protesto contra o projeto de privatização da empresa, na zona leste de Porto Alegre. Eles carregam faixas e bandeiras. Uma caminhada deve ser feita entre o final da manhã e o início da tarde, em direção à Câmara de Vereadores, onde parlamentares poderão votar a proposta de privatização.
Somente 65% dos coletivos da empresa previstos para o horário saíram da garagem nesta segunda. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) informou que veículos de consórcios privados estão sendo utilizados para suprir a demanda de coletivos.