Após um ano e um mês, foi encerrada na última quinta-feira (1º) a parte estrutural da obra do novo terminal de cargas do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre.
A estimativa da Fraport, empresa que administra o aeroporto da Capital, é de que a capacidade de processamento de cargas quase triplique quando o terminal estiver em operação. De 35 mil toneladas ao ano, passaria para até 100 mil toneladas anualmente.
Cerca de R$ 50 milhões foram investidos no empreendimento de 10.559 metros quadrados na Rua Severo Dullis, que inclui ainda nove docas para atividades de importação e oito dedicadas à exportação, além de área exclusiva de espera para 10 caminhões e uma via que liga o novo terminal ao pátio de aeronaves.
Para entrar em operação, o que deve ocorrer ainda neste trimestre, o terminal ainda depende da instalação de infraestrutura de TI, montagem de mobiliário, de câmaras frigoríficas, de porta-paletes, de balanças, de equipamentos de raio X além da estrutura de alfandegagem da Receita Federal.
Conforme a presidente da Fraport Brasil, Andreea Pal, a obra não estava entre obrigações de melhorias previstas no contrato de concessão do aeroporto, mas fez parte do esforço para alavancar a logística do local e do Estado como um todo. A outra providência – esta, sim, prevista na concessão – é a ampliação da pista, que deveria ser entregue até agosto de 2022, mas pode sofrer atrasos em razão dos entraves nas desapropriações na Vila Nazaré.
A Fraport estima que apenas 25% das cargas que saem do Rio Grande do Sul por via aérea decole de Porto Alegre. Os outros 75% vão de caminhão até aeroportos de outras capitais, como São Paulo. Com as ampliações do terminal e da pista, a tendência é que Porto Alegre consiga decolar e pousar com aeronaves mais pesadas, fazer voos mais longos e processar mais cargas.