A Polícia Civil pretende ouvir nos próximos dias organizadores do protesto onde um homem usou roupas parecidas com as usadas pela Ku Klux Klan em Porto Alegre. A Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância abriu, nesta sexta-feira (23), inquérito para investigar o caso. Nesse primeiro momento da investigação, a apuração analisa se o fato se enquadra na lei que define os crimes no âmbito de preconceito de raça ou de cor ou na que trata sobre crimes contra a segurança nacional, segundo a delegada Andrea Mattos.
Em manifestação a favor do governo Bolsonaro e contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrida na quarta-feira (21), um dos participantes vestia uma espécie de túnica e máscara pontiaguda com furos na região dos olhos, na cor marrom. A semelhança do formato da roupa com as vestes usadas pelo movimento supremacista branco e de extrema direita dos Estados Unidos, que carrega os trajes na cor branca, virou alvo de comentários nas redes sociais.
O ato também é alvo de procedimento do Ministério Público (MP) do Estado, que encaminhou ofício sobre o caso para a Promotoria de Justiça Criminal de Porto Alegre, que vai avaliar os fatos.
Em vídeo que circula na internet, um dos manifestantes se refere ao homem fantasiado como “carrasco”. Em seguida, o indivíduo grita palavras de ordem para as pessoas presentes no ato:
— O que nós viemos fazer aqui hoje, gente? Viemos acabar com o comunismo. Hoje, é o fim do comunismo. Alguém quer o comunismo aqui ainda? Querem o comunismo? Fim do comunismo.