O Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul vai avaliar o caso de um manifestante que usou roupas que lembram o vestuário da Ku Klux Klan durante ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro e contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em Porto Alegre. O MP informou, via assessoria de imprensa, que vai encaminhar ofício sobre o caso para a Promotoria de Justiça Criminal avaliar os fatos. A Polícia Civil também irá apurar o caso.
Na manifestação, ocorrida na quarta-feira (21), um dos participantes vestia uma espécie de túnica e máscara pontiaguda com furos na região dos olhos, na cor marrom. A semelhança do formato da roupa com as vestes usadas pelo movimento supremacista branco e de extrema direita dos Estados Unidos, que carrega os trajes na cor branca, virou alvo de comentários nas redes sociais.
Em vídeo que circula na internet, um dos manifestantes se refere ao homem fantasiado como “carrasco”. Em seguida, o indivíduo grita palavras de ordem para as pessoas presentes no ato:
— O que nós viemos fazer aqui hoje, gente? Viemos acabar com o comunismo. Hoje, é o fim do comunismo. Alguém quer o comunismo aqui ainda? Querem o comunismo? Fim do comunismo.
O ato ocorreu na Avenida Goethe, no Parque Moinhos de Vento (Parcão) e reuniu centenas de pessoas. Grande parte dos manifestantes vestia amarelo e utilizava adereços como bandeiras e chapéus em alusão ao Brasil. Muitos estavam com as camisas da CBF. Discursos e faixas faziam duras críticas a ministros do STF.
Por volta das 16h30min, uma confusão teve início. Uma pessoa vestida com um macacão branco e um saco preto nas mãos, simulando um cadáver, circulou em meio aos manifestantes. Os participantes da manifestação hostilizaram a pessoa. O saco preto foi rasgado. Policiais orientaram a pessoa de macacão a deixar o local. Ninguém ficou ferido.