Previsto para ocorrer às 16h desta terça-feira (6), o depoimento do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta no processo de impeachment do prefeito Nelson Marchezan na Câmara Municipal foi suspenso. O ex-ministro foi incluído como testemunha pela defesa de Marchezan.
Conforme o presidente da comissão que conduz o ritual, vereador Hamilton Sossmeier (PTB), Mandetta foi notificado para conceder o depoimento, mas não se manifestou até esta segunda-feita (5). Assim, a oitiva foi suspensa e uma nova notificação será enviada ao ex-ministro:
— Estamos tentando agendar com ele. Estava previsto para amanhã, mas como ele não se pronunciou, cancelamos. Iremos encaminhar nova solicitação de agenda propondo que o depoimento ocorra na segunda-feira que vem — explicou Sossmeier.
Para não perder a validade, o julgamento do prefeito em plenário precisa ocorrer até 9 de novembro. Para ser cassado e perder o mandato, Marchezan precisaria ter 24 votos favoráveis ao seu impedimento entre os 36 vereadores.
No centro do processo de impeachment, está o gasto da administração em publicidade em Saúde.
Três oitivas suspensas nesta segunda
Os depoimentos de três testemunhas de defesa, que ocorreriam nesta segunda, foram adiados.
A primeira testemunha desta segunda era o secretário de Saúde de Porto Alegre, Pablo Stürmer, às 10h. No entanto, a sessão foi suspensa após o não comparecimento dele. Procurada, a assessoria da secretaria de Saúde da Capital informou que Stürmer entrou em férias compulsórias nesta segunda, definidas pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC), e que estaria em viagem com a família.
O fato foi protocolado na Câmara na última sexta-feira (2), mas o presidente da Comissão, vereador Hamilton Sossmeier (PTB), afirmou que o grupo só foi comunicado nesta segunda, por volta das 14h. Segundo o vereador, o impasse está sendo analisado.
Depois, às 14h, ocorreria o depoimento do publicitário Fernando Silveira. A sessão foi transferida para terça-feira (6) em razão de problemas técnicos na apresentação de vídeos das peças publicitárias da prefeitura, que estão no centro do processo.
Na sequência, a empresária Marta Rossi começou a ser ouvida, mas foram registrados problemas na chegada do áudio de Marta aos vereadores. O depoimento foi encerrado e uma nova data será estabelecida.