Quem foi ao centro de Porto Alegre na tarde desta terça-feira (24), a fim de garantir os itens faltantes para o Natal, encontrou movimento moderado. As tradicionais "compras de última hora" se deram de forma organizada, sem muitas filas nas lojas e com espaço para transitar tranquilamente pelas ruas do bairro comercial.
O cenário é diferente do que foi visto pela reportagem de Zero Hora na segunda-feira (23), quando a movimentação no Centro Histórico era bastante mais acentuada.
O casal Caroline Cordeiro, 37 anos, e Michel Bastos, 44, escolheu o comércio da Rua Voluntários da Pátria para as compras de Natal. Acompanhados da filha Yasmin, de 10 anos, eles começaram a encarar a maratona das lojas na segunda-feira, mas devido ao movimento elevado, precisaram voltar novamente nesta terça.
— Não deu tempo de comprar tudo ontem, pois estava muito demorado, com muitas filas. Tivemos que voltar hoje e achamos bem melhor — disse a auxiliar de serviços gerais.
— Como não tem mais tanta gente, conseguimos ir em mais lojas, pesquisar melhor os preços e economizar um pouquinho. Ontem, não teve como fazer isso — detalhou o marido de aluguel.
Entre as últimas compras do casal estavam presentes para as demais crianças da família (o da filha já havia sido garantido no dia anterior) e a roupa que Yasmin usaria dali a algumas horas. A família também aproveitou para comprar gorros de Papai Noel, acessório que promete animar a ceia e que foi estreado por eles enquanto caminhavam pela Voluntários da Pátria.
— Quisemos já entrar no clima — divertiu-se Caroline.
Quem também estava animada com as aquisições natalinas era a vendedora Brenda Machado, 20 anos. Ela disse não ter tido tempo de ir às compras antes do dia 24, em razão da intensidade da rotina de trabalho no comércio neste período do ano.
Contudo, na tarde desta terça, conseguiu encontrar de forma ágil os itens que buscava: uma pia de brinquedo, presente para a irmã mais nova, e o sapato que faltava para completar o look natalino.
— Foi até bom ter deixado para a última hora, porque está bem mais tranquilo. Fui nas lojas que eu queria, fiz as minhas compras e agora já estou indo para casa me preparar — comentou a vendedora.
Além dos presentes, houve quem também fosse ao Centro com a missão de encontrar ingredientes os que faltaram para a ceia de Natal. No Mercado Público, o movimento era pequeno nesta tarde, mas ainda havia quem chegasse ao local em busca de itens como castanhas, nozes, uvas passas e frutas secas em geral.
— Na véspera, o que mais sai são esses ingredientes que a gente só lembra quando já está fazendo as receitas — comenta Bruna Di Lorenzo, uma das proprietárias da Banca Central.
Conforme a comerciante, o fluxo de pessoas nesta terça foi menor que no dia anterior. Pela manhã, o movimento ainda era um pouco mais intenso, mas baixou após o meio-dia, segundo ela.
As atividades do local encerraram às 17h, mas antes das 16h, muitas barracas já haviam fechado. A Banca Central permaneceu aberta, atendendo os clientes natalinos até mesmo depois que a cobertura da loja já havia sido puxada, indicando o fechamento.
Contudo, Bruna garante que os preços são os mesmos: se o plano do cliente for deixar as compras para a última hora a fim de descolar alguma promoção relâmpago, o melhor é rever a estratégia.
— Os preços do Mercado Público já costumam ser competitivos, as mercadorias são fresquinhas, por isso o movimento é grande por aqui nessa época do ano. Até conseguimos dar alguma arredondada, um descontinho à vista, mas promoção por estar perto da hora de fechar, não temos — explicou a comerciante.
— Acho que a melhor dica que posso dar é aquela velha conhecida: se organizar e vir com antecedência (risos) — brincou.