A subida do bonde nas ladeiras do centro de Porto Alegre é feita com dificuldade. Lotada, a locomotiva para 44 pessoas sentadas transporta quase quatro vezes sua capacidade. Os passageiros extras viajam pendurados no veículo que se convencionou chamar “gaiola”. Com agilidade, o motorneiro maneja a chave que controla as marchas, e dá impulso ao motor elétrico. O relato, rico em detalhes, de um dos tantos itinerários percorridos em uma década e meia é de João Francisco da Silva Bitencourt, 85 anos, ex-funcionário da Carris entre 1955 e 1985.
GZH faz parte do The Trust Project