A prefeitura de Porto Alegre comunicou a Justiça e a Secretaria Estadual da Saúde (SES) que fará, nesta quarta-feira (19), um bloco de atualizações nos casos confirmados da covid-19 na Capital. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a medida foi necessária pela discrepância entre os números informados ao Ministério da Saúde e os dados que aparecem na plataforma federal.
Em nota, a SMS informou que “os dados encaminhados não estão sendo identificados e publicados pelos sistemas e-SUS Notifica. Até que seja apresentada solução definitiva para o incidente, a SMS seguirá informando, diariamente, o total de casos identificados no consolidado local das três bases de dados”.
Segundo a secretaria, a divulgação de dados é de responsabilidade de cada ente federado. A expectativa é que mais de 4 mil novos casos confirmados sejam atualizados no sistema nesta quarta – número de positivados que está represado pelo Ministério da Saúde.
A prefeitura explica que a SES estabelece o e-SUS como sistema compulsório para registro de notificações no Estado. Por este motivo a SMS realizou a integração entre o sistema municipal (Gercon) e federal (e-SUS Notifica). Esta ferramenta foi estabilizada e concluída em 17 de julho. No entanto, a prefeitura da Capital identificou e reportou em 22 e 24 de julho ao governo federal divergências entre dados enviados mediante integração de sistemas e dados observados no e-SUS, fato que gerou reenvio e reprocessamento de arquivos de dados para correção na semana seguinte.
“Diante dos problemas identificados, no dia 10 de agosto a SMS-POA retomou análise individual do envio de casos e observou novamente divergências relevantes. A equipe técnica realizou estudo amostral detalhado da geração do arquivo de dados, enviando e recebendo resposta do sistema de integração. A análise foi enviada ao Ministério da Saúde na última segunda-feira e constatou divergências entre dados enviados, reportados como importados com sucesso, mas não observados efetivamente nas bases do MS”, detalha a nota.
A reportagem aguarda posicionamento do governo do Estado e do Ministério da Saúde.
