Após reportagem de GaúchaZH flagrar dezenas de clientes fazendo suas refeições dentro das dependências do Mercado Público de Porto Alegre — o que é vedado por decreto municipal —, os comerciantes tiveram de retirar as mesas e cadeiras do local. Próximo ao meio-dia desta quarta-feira (6), os móveis estavam empilhados nos cantos da praça de alimentação, indisponíveis para os consumidores. A retirada das mesas foi uma determinação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, em fiscalização realizada após a reportagem flagrar a irregularidade. Não houve multa ou interdição.
Do andar superior, a visão era de um grande vazio, por onde alguns poucos funcionários circularam. De acordo com a Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), há 22 estabelecimentos que vendem comidas prontas no prédio histórico. O documento publicado pela prefeitura autoriza apenas os serviços de telentrega ou retirada da comida no balcão.
Outra medida tomada pelos permissionários, a fim de aumentar a segurança de quem transita pelo Mercado, é a distribuição gratuita de máscaras a clientes e trabalhadores que não estejam vestindo a proteção. A partir de sexta-feira (8), haverá uma mesa no centro do saguão, ofertando o acessório, controlado por uma funcionário indicada pela Ascomepc.
— Mesmo assim, pedimos para as pessoas irem ao Mercado com máscara, pois o número é limitado. E as empresas também têm de fornecer para os entregadores — reforça Adriana Kauer, presidente da associação que reúne 106 lojistas no espaço central da Capital.
O custo das máscaras será dividido entre os permissionários. Na manhã desta quarta, muitos entregadores circularam no local, com acesso pela Avenida Borges de Medeiros, sem proteção. Em uma das salas, três homens manuseavam pescados sem qualquer equipamento no rosto. O uso da máscara não é obrigatório, mas recomendado para evitar a propagação do coronavírus.