Professores estaduais que atuam em Porto Alegre e no interior do Estado ocupam a Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, na tarde desta quarta-feira (26), em novo protesto contra o pacote do governo enviado ao parlamento que altera o plano de carreira do magistério. A categoria está em greve desde o começo da semana passada.
A assembleia foi convocada para avaliar os primeiros dias de paralisação e, segundo o Cpers-Sindicato, entidade que representa os professores estaduais, a greve continuará até que o governo retire a pauta encaminhada aos deputados.
— A greve vem em uma crescente e queremos atingir 90% de adesão até o fim da semana. Não existe hoje aqui nenhuma discussão para colocar fim à greve. Para haver algum diálogo, o governo vai ter que tirar esse projeto e iniciar as negociações — disse a presidente Helenir Aguiar Schürer.
Um caminhão de som está posicionado em frente à sede do governo, que está cercada por grades e policiais da Brigada Militar. O ato bloqueia a rua Duque de Caxias.
Além de líderes sindicais, professores se inscrevem e participam de sorteios para poder usar o microfone por alguns minutos. Em suas falas, eles usam constantemente a frase: “retira, retira, retira...”, pedindo que o governo volte atrás e retire o projeto.
Conforme o Cpers, a maior parte dos manifestantes que está no centro de Porto Alegre vem do interior. Alunos de escolas estaduais da Capital também participam do ato, bem como sindicatos que representam outras categorias de servidores estaduais.
Governo e Cpers continuam com números divergentes em relação a greve. Conforme o sindicato, 1.533 escolas são afetadas, sendo 773 totalmente paradas.
Já a Secretaria Estadual da Educação diz que 526 escolas estão sem aulas no Estado e outras 500 estão com atendimento parcial. Conforme a pasta, o número é muito variável, pois em 60% das escolas há condições de funcionamento. O balanço, de acordo com a Secretaria, compreende 2.244 escolas no Estado que responderam aos questionamentos do governo estadual.