Ver postes de luz sem bojos e lâmpadas ou com fios arrebentados é uma cena frequente para os frequentadores do Parque Marinha do Brasil, em Porto Alegre. GaúchaZH percorreu, nesta sexta-feira (11), o trecho que vai do cruzamento entre as avenidas Ipiranga e Borges de Medeiros até o Ginásio Gigantinho — além da ciclovia que liga a Borges à Edvaldo Pereira Paiva — e contabilizou 82 postes danificados.
Um dos trechos mais problemáticos abrange o corredor paralelo à Avenida Borges de Medeiros. Somente nesse setor, foram verificados 54 postes inutilizados e outros dois que tiveram as lâmpadas removidas. Outro ponto que está às escuras é o final da Ipiranga — ali, foram contados 28 postes sem energia elétrica.
Acostumado a fazer caminhadas pelo parque há mais de 30 anos, o aposentado Renan Zingalli, 72 anos, afirma que, nos últimos quinze dias, as ações de depredação se intensificaram.
— Percebi que as tampas dos bojos estavam quebradas e atiradas pelo chão. É muito triste ver esse espaço, que tem tanto potencial, deste jeito. Por estar às escuras, a sensação de insegurança aumenta e ninguém tem coragem de passar aqui na frente quando começa a anoitecer e fazer uso deste parque que pode proporcionar tanto lazer — diz.
A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, por meio de nota, afirma que diversos trechos do Parque Marinha do Brasil sofrem vandalismo e furto de equipamentos de iluminação pública. A pasta afirmou que isso acarreta gastos que ultrapassaram R$ 870 mil entre setembro de 2018 e junho de 2019. Atualmente, conforme a secretaria, uma equipe “está realizando projetos e orçamentos para reposição dos equipamentos nestes locais”.
A pasta informou ainda que, dos mais de R$ 8,6 milhões investidos por ano em iluminação pública na Capital, pelo menos 5% são destinados a reparar atos de vandalismo. De setembro de 2018 até agora, os custos já alcançaram os 10% do orçamento da prefeitura.