A prefeitura de Porto Alegre elevou a previsão de recursos para investir em vias públicas no próximo ano. Em 2018, o orçamento aprovado para serviços desse tipo foi de R$ 18 milhões, mas, na prática, o gasto com manutenções foi R$ 10 milhões. Para 2019, o orçamento aprovado subiu para R$ 90 milhões.
A Capital teve um ano marcado por muitas reclamações de moradores a respeito da má conservação de ruas e avenidas. Como medida emergencial, a operação tapa-buracos foi implementada para tentar amenizar os problemas em 286 vias consideradas prioritárias. Apesar disso, mais de 80% da malha viária da cidade ainda está comprometida, segundo o secretário de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Luciano Marcantônio. O ideal para o ano que vem, de acordo com ele, seria o uso de cerca de 20 mil toneladas de concreto para manutenção da pavimentação. A nível de comparação, foram utilizadas, ao longo deste ano, 12 mil toneladas. Na gestão anterior, a média anual era de 13 mil toneladas, conforme o secretário.
Para 2019, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim) vai seguir buscando recursos e já confirma para o primeiro semestre obras de análises estruturais em 32 trechos escolhidos como prioridade para melhorar a pavimentação. As iniciativas vão além dos reparos realizados somente na superfície da malha viária. O total necessário para essas obras é de R$ 133 milhões.
A prefeitura já conta com R$ 25 milhões que vieram do Banco de Desenvolvimento da América Latina, sendo que R$ 12,5 milhões serão usados no primeiro semestre para começar o projeto em trechos dos 76 quilômetros previstos para receber as melhorias. A outra parte desta verba deve ficar para um outro edital a ser publicado no segundo semestre. Além disso, também há R$ 23 milhões garantidos.
— O restante, que é de R$ 85 milhões, estamos buscando parte nos nossos recursos da gestão municipal e parte em financiamentos — complementa o secretário.
Segundo Marcantônio, trechos das avenidas Ipiranga, Nilo Peçanha, Protásio Alves e Antônio de Carvalho serão contemplados com as obras do primeiro semestre. O pacote dos 32 trechos do projeto também vai incluir as vias Cristóvão Colombo, João de Oliveira Remião, Edgar Pires de Castro e Cavalhada.
Prefeitura quer unificar contrato para tapa-buracos
Sobre a operação tapa-buracos, a prefeitura quer unificar o processo de licitação em um único contrato para que apenas uma empresa desempenhe os serviços. O secretário prevê que o edital para isso só deve sair na segunda metade do ano que vem, porque depende do cancelamento de outros contratos em andamento. Para Marcantônio, o atual sistema traz o risco de uma das empresas que fornecem materiais não cumprir os pagamentos organizados pela Fazenda e prejudicar o serviço.
Em relação a este ano, o secretário garante que mais de 70% das demandas encaminhadas pela população pelo telefone 156 foram atendidas para reparos da malha viária, calçadas e conservação urbana em geral. Segundo ele, foram 11 mil serviços realizados de 15 mil solicitados. Uma equipe da secretaria foi destinada para acompanhar as reclamações que chegam pelo serviço de atendimento.