A Caixa Econômica Federal aprovou um pedido de financiamento da prefeitura de Porto Alegre de R$ 259,1 milhões para duas obras capitaneadas pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae): a Estação de Tratamento da Água (ETA) da Ponta do Arado, no extremo sul da Capital (R$ 220,7 milhões) e a redução e controle de perdas nos sistemas de abastecimento de água (R$ 38,4 milhões). O anúncio foi feito no final da tarde desta sexta-feira, 26, no Paço Municipal.
Agora, os projetos irão para análise e aprovação final do Ministério das Cidades. Após serem avalizados em Brasília, a intenção da prefeitura é licitar as obras no primeiro semestre de 2019. Em ambas, 95% dos valores gastos serão financiados e outros 5% serão dados em contrapartida pelo Dmae.
– Vencemos uma etapa importante, comprovamos técnica e financeiramente que a operação é viável. Agora falta a confirmação final do Ministério das Cidades para avalizar. Eles farão uma última análise técnica do projeto – afirma o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Darcy Nunes dos Santos.
A construção da ETA da Ponta do Arado deve beneficiar 250 mil habitantes que vivem nos bairros do Extremo-Sul da Capital como Aberta dos Morros, Hípica, Restinga, Lomba do Pinheiro, Lami e Belém Novo. Segundo Santos, a ETA aumentará a possibilidade de construção de empreendimentos habitacionais que hoje são travados pela autarquia. A previsão é de que a obra seja concluída em quatro anos:
– Muitos pedidos de empreendimentos são inviabilizados porque, caso contrário, aquela região não terá água suficiente para ofertar daqui a três ou quatro anos. Agora, com a construção da ETA, temos uma perspectiva de aumento habitacional daquela região.
Já o programa de redução de perdas de água prevê a colocação de contenções em um quarto dos 4 mil quilômetros de canos de água que compõem o sistema de abastecimento da Capital. Com isso, o Dmae quer melhorar a prestação de serviços, com menor quantidade de consertos e paradas operacionais:
– Isso diminui as perdas de água porque quando acontece um rompimento de canos, em muitos casos é preciso fechar a rede de um bairro inteiro para fazer o conserto, se eu fizer uma setorização, quando houver um danos desses, diminuo as regiões que precisarão ficar sem água e aprimoro o planejamento de expansão da cidade – explica Santos.
Pela complexidade, a obra também terá duração de pelo menos quatro anos.