Por Rogério Salazar, secretário estadual de Obras, Saneamento e Habitação
Trabalhar pela preservação do meio ambiente é dever de todos nós – governo e sociedade. Por muitos anos, a coleta e o tratamento de esgoto não foram vistos como prioridade, ficando mais no discurso do que na prática. Os governos investiam em áreas onde as obras tinham mais visibilidade e exigiam menos recursos, deixando o saneamento básico em segundo plano e criando uma enorme demanda reprimida.
A conta pelo descarte irregular e pela falta de tratamento de esgoto é paga por todos: pela atual geração, que convive com doenças causadas pela falta de saneamento, e pelas futuras, que precisam de um meio ambiente saudável para sobreviver. Imaginem o nosso litoral, com todo seu potencial e extensão, poluído pelo descarte de esgoto. Para que esse cenário não vire realidade, o governo do Estado, através da Corsan, tem investido na ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário. Somente no Litoral Norte, são mais de R$ 320 milhões.
Em Capão da Canoa, são R$ 103,7 milhões, incluindo a construção de redes coletoras e a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Guarani. Ao final das obras, o índice de atendimento na coleta e tratamento de esgoto chegará a 90% da população. Em Xangri-Lá, serão investidos R$ 53 milhões em redes e estação de tratamento. O objetivo é passar dos atuais 9,7% de imóveis atendidos para 56,47%.
Em Imbé, que hoje não conta com tratamento de esgoto, investimento de R$ 64 milhões fará saltarmos para 55,43% da população atendida. Em Tramandaí, recursos superiores a R$ 57 milhões estão garantindo a construção de redes e a ampliação da ETE Tramandaí, o que elevará a cobertura para 33,3%. Já em Torres, está em execução a ampliação de redes e no próximo ano será lançada licitação para modernização da ETE do município, num investimento total de R$ 45,7 milhões.
As obras revelam a prioridade do governo estadual em ampliar o saneamento básico e garantir a balneabilidade do nosso litoral, levando também mais saúde, qualidade de vida e desenvolvimento para os municípios. É um investimento no presente e no futuro do Rio Grande.